Blog Saberes

"Tenho pensamentos que, pudesse eu trazê-los à luz e dar-lhes vida, emprestariam nova leveza às estrelas, nova beleza ao mundo, e maior amor ao coração dos homens"

Fernando Pessoa




segunda-feira, 4 de abril de 2011

Formação continuada

A formação continuada é um dos pressupostos para que um o educador possa exercer com domínio a sua atividade.
A necessidade de se buscar novos conhecimentos ocorre porque ensinar e aprender são atos dinâmicos e contínuos. Neste processo os individuos envolvidos estão sujeitos a variantes que implicam, em busca de conhecimentos, transforamção e produção de saber. O saber de que falo é algo que vai além do conteúdo das disciplinas, dos processos e procedimento que envolve o educar.
Para ser educador é preciso se faça um alargamento da bagagem profissional no sentido de atender as demandas. Educador(a) em formação continuada é assim: alguém sempre disposto a atender, a suprir ou pelo menos a endereçar as necessidades de seu educando com respeito e responsabildade.
Para ser um(a) bom(a) professor(a) é preciso ter dom e vocação. Seria isto um mito? Seria isto antes de tudo uma arrogância.
Quem estaria pronto em seu saber, sem precisar estudar e sem algo mais a aprender?
A docência não é uma capacidade inata, e sim uma carreira que, como outras, pressupõe esforço pessoal e formação que possibilitem o domínio de aspectos teóricos e práticos ligados à aprendizagem.
Um dos grandes desafios do país é a revalorização da carreira docente com bons salários e condições de trabalho dignas para os educadores. Para que isso ocorra, é necessário que todos tenham acesso à formação inicial e continuada de qualidade. Só com estudos constantes, planejamento e dedicação, é possível ser um bom professor. É claro que aí o dom entra como arte: capacidade de criatividade agregando valores ao(à) profissional da educação.
"Não é admissível que alguém lecione apenas porque gosta de crianças ou acredita que leva jeito. A docência exige conhecimentos científicos."
Assim disse Profº Carlos Roberto Jamil Cury, professor titular aposentado da Faculdade de Educação da UFMG , em entrevista a revista Nova Escola num tom de reprimenda aos "profissionais" que erroneamente acham desnecessária a formação continuada.

Educação infantil é prioridade

"A Educação Infantil vem passando por um longo e permanente processo de transformação no Brasil, especialmente nos últimos 20 anos. Se antes as escolas responsáveis pela fase inicial do aprendizado da criança adquiriam caráter de assistência social, hoje é consenso que essas instituições são, sim, um assunto do âmbito da Educação. Mais do que isso: especialistas, educadores e pesquisadores reconhecem a importância do desenvolvimento integral nos primeiros anos de vida e encaram a vivência escolar como parte essencial desse processo. A preocupação se reflete na inclusão do tema como um dos itens do Compromisso Todos Pela Educação, lançado pelo Ministério da Educação (MEC) como parte do Plano de Desenvolvimento da Educação. Embora a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) defina a Educação Infantil como "primeira etapa da educação básica" (artigo 29) e delegue a ela a finalidade de "desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade", na prática, ainda são tímidos os investimentos nesse sentido, especialmente no ensino público, uma responsabilidade dos governos municipais. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a educação brasileira atende a somente 33% das crianças entre zero e seis anos. O Censo Escolar de 2003 revela que, no país, apenas 10,6% de crianças entre zero e três anos freqüentam a escola ou a creche. A estatística também mostra que o número de excluídos do universo escolar, nessa faixa etária, chega a 11 milhões. Entre os quatro e seis anos de idade, 30% das crianças (cerca de três milhões) estão fora da escola. "
Fonte - Revista Nova Escola 08-2007

Hoje o panorama não mudou. O estado ainda não prioriza este segmento, sem contar que a educação infantil possui especificidades que precisam ser observadas para o sucesso de sua implantação. Não é somente o espaço físico, nem a qualidade dos profissionais em questão; mas as necessidades de cada criança que precisa ser vista como indivíduo passando por importantíssimos estágios de desenvolvimento que por sua vez, vêm sendo negligenciados.
As dificuldades de aprendizagem, as interações sociais e os estímulos, imprescindíveis neste processo, são fatores no mínimo observáveis num campo político educacional e psicopedagógico, para que mudanças positivas se consolidem definitivamente.
Maria Cândida