Não quero passar por você simplesmente à-toa,
Como se fosse um meteorito perdido. Não quero ser uma floresta de mistérios, ou de enganos, Incompreendida e intocada. Não desejo ser a turbulência de um instante vazio, De uma noite de vinhos, ou de uma solidão esparsa. Não pretendo ser uma tempestade de ventos ruidosos,
Mas a aragem de uma calmaria.
Não quero tampouco, ser uma armadilha de laços,
ou de passos incertos
quero ser sua lua para clarear um caminho,
um talismã para lhe dar sorte, sua chama acesa, sua espada de luta.
Quero ser seu ninho quente, seu porto seguro,
Sua flauta-doce para tocar cantigas de amor.
Quero fazer parte de sua vida, do seu sonho
E estar no seu presente
Em todas as circunstâncias.
Não uma sombra perseguinte,
mas a parceira de todas as horas.
Quero ser clareira, o farol de felicidade,
A candeia, a companhia.
Se houver agonia, quero ser sua prece
Em versos braços, sua saudade constante, sua esperança.
E, como há tempo, a gente sonhará muito.
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Blog Saberes
"Tenho pensamentos que, pudesse eu trazê-los à luz e dar-lhes vida, emprestariam nova leveza às estrelas, nova beleza ao mundo, e maior amor ao coração dos homens"
Fernando Pessoa
domingo, 22 de dezembro de 2013
A Proposta - Margarida Reimão
“Como a criança aprende”
“Como a criança aprende”
Assim é que a criança aprende, captando as habilidades pelos
dedos das mãos e dos pés, para dentro de si. Absorvendo hábitos e atitudes dos
que a rodeiam, empurrando e puxando o seu próprio mundo. Assim a Criança Aprende,
mais por experiência do que por erro, mais por prazer do que pelo sofrimento,
mais pela experiência do que pela sugestão e a dissertação, e mais por sugestão
do que por direção. E assim a criança aprende pela afeição, pelo amor, pela
paciência, pela compreensão, por pertencer, por fazer e por ser. Dia a dia a
criança passa, a saber, um pouco do que
você sabe, um pouco mais do que você pensa e entende, Aquilo que você sonha e
crê é, na verdade o que essa criança esta se tornando. Se você percebe confusa
ou claramente, se pensa nebulosa ou agudamente se acredita tola ou sabiamente,
se sonha sonhos sem graça ou dourados, se você mente ou diz a verdade, e assim
que a criança aprende.
Frederick Molfett
Um estudo da obra "Atenção aprisionada" de Alícia Fernandez
“A pintura espelha Narciso e a poesia retoma a voz de Eco”
Alícia Fernandez (2012), p.64
Alícia Fernandez(2012) nos apresenta em sua obra “A
atenção aprisionada”, uma análise do mito de Narciso, apresentado por Ovídio no
Livro III, da obra Metamorfoses, onde Eco é
amaldiçoada pela deusa Hera, esposa de Zeus que contrariada ao descobrir o ardil
da ninfa em favorecer suas companheiras a desfrutar do amor de Zeus. Eco que
era dotada da palavra, fora condenada a perdê-la, a ouvir sem escutar e a
repetir somente as últimas palavras que lhe fossem ditas. Já Narciso, personagem da mesma obra, por ser fruto do amor entre uma
ninfa e um deus e ter nascido com uma beleza incomparável, fora condenado a não
se conhecer jamais, sob pena de não chegar à velhice.
Através de um olhar psicopedagógico, Fernandez(2012) estabelece a diferença
corpórea entre o ouvir e a escuta; entre ver e o olhar; e as
diferentes formas de atencionalidade sob a quais associam os sentidos de ver e
ouvir como recursos atencionais a partir dos quais é construída a subjetividade
dos indivíduos.
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Ainda dentro da proposta de
estudo dos modos atencionais, Alícia Fernandez(2012) realiza uma interessante
“leitura” da obra de Diego Velásquez
(1599-1660), a pintura “La Venus del Espejo” no qual aparece um cupido
segurando um espelho no qual reflete o rosto da Vênus; ela, porém, através do
espelho não olha a si mesma, mas olha um espectador que possivelmente
interrompe a sua intimidade desnuda. Na obra, através do espelho, ela olha para
nós.
A autora traça por meio desta análise um paralelo
sob o qual podemos apreender a importância do espelho e o seu significado tanto
na obra analisada, como na psicanálise quando do estudo do narcisismo.
Para
Fernandez (2012), “A pintura espelha Narciso e a poesia retoma a voz de Eco”
p.(64). A partir daí, a autora implica-se diretamente, através desta sua obra,
no reconhecimento, no desenvolvimento e na ampliação dos espaços virtuais como
novas modalidades atencionais a serem consideradas como uma maneira de permitir a
subjetivação dos indivíduos da atualidade e suas formas de atender em consoante
com suas demandas e potencialidades.
Referência:
Fernandez, Alicia – A atenção aprisionada: psicopedagogia da capacidade
atencional; p.64,
Porto alegre: Penso, 2012.
Porto alegre: Penso, 2012.
segunda-feira, 2 de dezembro de 2013
Piteis da Dinha: VOTAR NA RECEITA PARTICIPANTE DO CONCURSO
Votando na receita Cupcakes trufados de chocolate Blog Mundo do Sabor.
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